Estreia hoje nos cinemas o mais novo filme do diretor Woody Allen, talvez na atualidade ele ainda seja um dos poucos diretores que leva o público ao cinema e não os atores em si. Isso porque a obra do diretor é grande são 53 filmes como diretor, suas histórias sempre giram em torno das relações humanas. E ter um Judeu, seu arquétipo [ele mesmo] favorito é sempre algo recorrente em sua obra.
Em Café Society a coisa não poderia ser diferente. Temos Bobby Dorfman [um sempre limitado Jesse Eisenberg] que chega a Hollywood nos anos 40 [sua era de ouro], Bobby faz o tipo garoto novo na cidade, se mostra desinteressado pelas coisas, mas no fundo está impressionado com a vida e as pessoas a sua volta.
Bobby tenta ingressa na empresa do seu Tio Phill [Steven Carell]. Phill é o figurão da cidade e agente de celebridades e por dó coloca Bobby para fazer serviços simples na cidade. Para ajudar seu sobrinho a se ambientar ele convoca sua secretária Vonnie [Kristen Stewart] para mostrar as maravilhas da cidade.
Claro que Bobby ficaria apaixonado por Vonnie, ele enxerga na jovem a esperança de uma nova vida dentro de uma cidade que aos poucos o acolhe. Mas Vonnie já tem um namorado e aos poucos vai se encantando com Bobby.
Um dos triunfos deste filme de Allen, é seu outro arco, em contraponto a Hollywood temos Nova York, uma cidade mais dura, que não é feita de sonhos. Nessa outra realidade temos a família de Bobby, uma divertida família Judia [de onde saem os melhores diálogos], e seu irmão Ben [Corey Stoll que por diversas vezes rouba a cena] que é um gangster, que assim como seu Tio Phill cria um império em sua cidade.
Talvez entre dois últimos filmes do Woody Allen [Homem Irracional e Magica ao Luar], esse seja o melhor, mas o diretor peca ao escalar o elenco principal, Eisenberg tenta por vezes imitar o diretor e não consegue, sua ingenuidade também não cola, seu falar rápido também não. E sua química com a Kristen também não funciona. Ela sempre entregando mais do mesmo, com seu olhar entediado e sua fala lenta.
Mas Café Society se salva pelas boas atuações dos coadjuvantes e a excelente trilha sonora. Que deve ter sido escolhida a dedo pelo diretor.
Agora vá ao cinema e tire suas conclusões.
Voltamos Segunda!