Por Humberto Domiciano
Os Estados Unidos são grandes definidores dos estilos de cervejas que serão reproduzidos em outros países, como o Brasil. Apesar das IPAs ainda serem as estrelas – todas as cervejarias artesanais americanas terem rótulos do estilo – outros tipos têm ganhado cada vez mais espaço.
A bola da vez são as boas e velhas pilsens e lagers. Na última Copa do Mundo da Cerveja, realizada em maio, as americanas ganharam diversas medalhas nas categorias. Entre as Light Lagers (estilo mais leve, tanto em sabor quanto em aroma) a Miller levou o Ouro, enquanto entre as Bohemian Pilseners (pilsens mais tradicionais, em falta no mercado brasileiro) as 3 medalhas foram para cervejarias americanas.

A cerveja Miller
A volta às raízes da cerveja é interessante porque pode trazer um público que ainda não costuma beber rótulos especiais/artesanais.
O cenário brasileiro costuma ter certas atitudes radicais, que tendem a receitas extremas. Isso não traz novos públicos e afasta quem está começando a se interessar pelo assunto.
Não é à toa que dos diversos novos rótulos premiados no Festival Brasileiro da Cerveja, apareçam pouco nas prateleiras. Talvez o foco em estilos mais simples e básicos seja uma saída.