Em fevereiro o malditovivant foi convidado a conhecer mais sobre a parceria entre a Tostex e o Café illy [Clique aqui e leia o post] no evento acabei conhecendo o Stefano Giannini, Master Barista da Universidade Do Café que fica em Trieste na Itália [Sua cidade Natal]. A Universidade é mantida pela illy e tem o intuito de divulgar e popularizar a arte do preparo e a cultura do café em todo o mundo.
Após o evento conversamos sobre o café, e aqui está o resultado desse bate papo:
Malditovivant: Pela nossa conversa no evento de hoje, percebi a sua paixão pelo espresso, tirando o espresso, qual seria seu modo de preparo [para café] favorito?
Stefano Giannini: A Moka, também conhecida como cafeteira italiana, porque é, assim como o espresso, uma invenção italiana. Eu a preparo todas as manhãs. A coisa maravilhosa da moka é que quando se prepara se sente aroma de café que se espalha pela casa, é um método fácil mas rico de gosto, aroma e tradição.
MV: Hoje as máquinas com capsulas estão cada vez mais fazendo parte da vida das pessoas, dada a sua facilidade. Esse processo é um pouco infiel a tradição do espresso. Você enxerga o risco desse novo processo matar a tradição do espresso?
S.G: Com certeza não. A capsula é uma coisa maravilhosa porque permite a qualquer um preparar um espresso correto, também em casa. Mas o espresso não é apenas uma questão de gosto e aroma, mas também de experiência, a experiência de estar em uma cafeteria e observar o barista que trabalha para preparar uma xícara perfeita.
MV: No Brasil vivemos um processo cultural muito forte chamado de gourmetização. Esse processo já chegou aos café italianos? O que você acha desse movimento?
S.G: Não compreendo muito bem o que você quer dizer com esta palavra “gourmetização” mas acredito que falar mais de comida e sobre a qualidade dos produtos é sempre positivo por que ajuda a aumentar a cultura da gastronomia. Mas usar isto como argumento apenas para cobrar mais não é uma coisa boa.
MV: Percebemos a sua paixão pelo café, quando você fala sobre café qual é a primeira memória afetiva que lhe vem a mente?
S.G: Trieste, por que é uma das capitais do café. A cidade está cheia de cafeterias e torrefadores há sempre um perfume de café pelo ar. Além de ser a cidade onde nasci.
MV: Para você qual seria a melhor harmonização para o café?
S.G: Isso é uma questão de gosto, depende da origem do café, do tipo de transformação utilizado e também das preferências de cada um. Para mim seria um espresso illy ristretto com um doce de alta confeitaria, por exemplo uma Sacher Torte.
Voltamos na Quarta [Em breve nosso post sobre o Café illy]…