Quando eu vi a nomeação de Foxcatcher para o Oscar [Melhor ator e melhor ator coadjuvante] em um primeiro momento não tive vontade de assistir. Nada contra o drama! Mas tenho tudo contra a imagem de Steve Carrell [que interpreta John Du Pont], nunca vi graça em suas atuações e escalar o homem para o papel principal em um drama não me animou em nada.
Mas a curiosidade foi maior e dou o braço a torcer, Steve Carrel merece a nomeação da academia, assim como Mark Rufallo, que escolheu muito bem o tom do ex-lutador Dave.

Carrel irreconhecível
O filme baseados em fatos reais narra o encontro entre Mark Schultz [Channing Tatum] e John Du Pont. Nesse encontro John mostra interesse em recrutar Mark e seu irmão mais velho Dave para criarem a maior equipe de luta livre dos Estados Unidos e vencer as Olimpíadas de Seul 1988.
Dave diferente de Mark tem uma vida fora das lutas. Dave é casado, tem filhos. Mark vive para lutar e mostrar a América que ainda existem heróis. Essa carência o aproxima mais de John Du Pont, que vive pelo “American Way” e acredita no poder bélico e que sua nação está predestinada a ser a maior, e nada melhor que pela luta e a figura do herói olímpico para inflamar esse orgulho.
Só que a relação entre Mark e John acaba se tornando perigosa, e o gênio poderoso de John acaba dominando a Psiquê fraca de Mark, ao mesmo tempo em que John começa a se mostrar menos virtuoso do que pregou, causando um conflito interno na vida de Mark.

Relação entre irmãos
A situação se agrava ainda mais, quando Paul consegue trazer Dave para sua equipe.
O diretor Bennett Miller, acerta muito bem na direção. E além de focar no conflito entre famílias [John Du Pont não recebe a aceitação de sua mãe] Miller nos conduz ao pior da América.
A noção deturpada de patriotismo, a necessidade do culto a heróis, acreditar que a nação americana é superior e que a força vem do poder bélico. Na maioria das vezes, são essas noções que acaba envenenando a sociedade Americana e cria seus maiores inimigos.
Se puder veja Foxcatcher.
Malditovivant volta na sexta.
Não curto muito nenhum dos três atores, mas pelas críticas terei que conferir. Quem sabe me surpreendem! Hope so!
Olha eu só gosto do Marc Rufallo, acho ele de uma boa leveza, infelizmente ele tem dedo pobre pra filme, só escolhe besteira.