Recentemente fui presenteado com o livro Tarântula do Thierry Jonquet, o livro serviu de inspiração para Almodóvar criar A Pele que Hábito, que há anos atrás eu fiz a resenha [clique aqui e leia]. Apesar do tema central, o filme segue uma linha bem diferente do livro, e mesmo com todo o potencial criativo de Almodóvar, Thierry faz um final bem mais genial do que o do diretor.

Presente
O livro gira em torno de Richard Lafargue um renomado cirurgião Francês [Almodóvar troca por Espanha] e seu relacionamento com Ève, até então apresentada como sua prisioneira. Lafargue tem uma relação de amor e ódio com Ève.
Ela o provoca sempre que pode, tocando ao piano a canção: The Man I Love. Essa provocação faz Lafargue maltratar sua prisioneira cada vez mais. Por vezes ele a acorda aos gritos ou simplesmente faz a função de michê e prostitui Ève, para as figuras mais sórdidas que conhecer.
Antes do final de cada capítulo o autor nos convida a conhecer um pouco do passado de Ève e nos mostra a razão do ódio de Lafargue [o autor muda a fonte e coloca Ève como a narradora]. Entre essas passagens descobrimos o porquê do Título do Livro, Ève compara as atitudes de Lafargue com a aranha, que injeta o seu veneno, para mudar a força de vontade presa.
No meio dessas duas visões temos um personagem surpresa, que não está presente no filme: Alex é um ladrão que está escondido no interior da França e precisa de uma operação plástica. A eminente rota de colisão entre os personagens cria a tensão certa.
Thierry tem uma escrita fácil e ao usar o artifício da mudança de visão faz a leitura ficar rápida e prazerosa. Essa quebra de ritmo é importante para criar o máximo da tensão. Thierry equilibra muito bem o uso das descrições, mas às vezes comente alguns erros fazendo algumas cenas passarem muito rapidamente.
Mesmo assim recomendo a leitura de Tarântula, pois mesmo você conhecendo o filme, o livro ainda guarda boas surpresas.
Malditovivant volta na sexta. E amanhã teremos um post especial para o site Turmadocafe.com [Clique e conheça]
Gosto muito desses posts que falam de livro e filme! Neste caso, não conheço nenhum dos dois, mas o texto me instigou a ir atrás deles. Valeu a dica 🙂
Agora fiquei com mais vontade ainda de ler, acho a capa linda, misteriosa e um livro tao fininho e tao cheio de coisa sempre chama atenção.. engraçado que depois que comecei a trabalhar na livraria to lendo quase nada..dá um desanimo que só.. ainda mais q nao consigo ler em casa..
Eu gostei demais de A Pele Que Habito! Tenho a impressão que gostaria desse livro também…
Adorei os floquinhos de neve! Deixou o blog bem natalino de um jeito discreto!
:*
Que bom que você gostou, cortesia WordPress! Se você procurar dá pra você habilitar no seu! Bjos