“Trabalho, doença, trabalho, doença —esta condição ocorre continuamente sem fim”
Yayoi Kusama

Kusama Hoje
Finalmente chegou a São Paulo a exposição com o trabalho da artista Japonesa Yayoi Kusama, eu já havia visto essa exposição ano passado no Rio de Janeiro, por lá a exposição fez bastante sucesso e acredito que fará um grande sucesso em São Paulo também. Aproveitei e levei minha sobrinha para conhecer a artista.
Hoje com 85 anos, Kusama vive reclusa em um hospital psiquiátrico, mas isso não impede que sua obsessão se externe em seus quadros, sim essa senhora ainda produz quadros e tenta a cada dia se reinventar.

Obsessão Fálica
Na primeira sala já temos o inicio da obsessão da artista, com a criação de malhas e estudos de pontos. E seus quadros que mostram pinturas que lembram os mais diversos níveis celulares.
Mas seus trabalhos mais notáveis, não são seus quadros, e sim suas instalações, usando espelhos e luzes que revelam nosso lado voyeur. A comum [cotidiano] sala de estar cheia de pontos iluminada pela luz negra nada mais é “do que viver Kusama”, ela é a instalação, aquela maneira de ver a sala é como ela enxerga o mundo, por um momento então somos Kusama.
Entrar na exposição e só pensar na beleza de seu arranjo [e pensar nas fotos para o instagram] é desperdiçar a oportunidade de conhecer outro tipo de psique, ou melhor, entender como essa situação serve de motor para sua criatividade.
Acima de tudo a exposição retrata o que Kusama sempre foi. Uma pessoa atormentada desde cedo e que a arte a salvou de um fim trágico, externar toda essa obsessão e estar rodeada pelos mais renomados artistas pop [Entre eles o seu maior expoente Andy Warhol] de sua época deu uma vida melhor a artista.
Aproveita a arte e veja o mundo pelos olhos de Kusama.
YAYOI KUSAMA – OBSESSÃO INFINITA
QUANDO: ter. a dom., das 11h às 20h; até 27/7
ONDE: Instituto Tomie Ohtake, av. Faria Lima, 201, tel. (11) 2245-1900
QUANTO: grátis
Malditovivant, volta na segunda com um novo post.
Eu fui na exposição quando tava no CCBB… fui com a Alana Goiabeira, e nossos namorados. A sala das luzes nem preciso falar que foi a minha favorita! Mas a gente achou tudo bem louco! haha
Gostei demais! Queria ir em um dia mais vazio 😦
Eu fui no Rio também, mas estava bem cheio
Adoro a “insanidade” criadora de Yayoi. O público corre ensandecido, aos borbotões, para vê-la. Total identificação em relação aos “pois”, dos quais sempre gostei.
Consegui ver a exposição aqui no Rio em um dia de sábado e totalmente sem filas. Esperei até a penúltima semana pra visitar e consegui ver tudo. Gostei bastante, a Yayoi é insanamente criativa.
Beijos
Gosto muito da historia dela, dela ter tentado ser “normal” e pintar obras como os outros, o fato dela ter lutado contra a propria família pra ser quem é e não se casar nem fazer “arte normal”, acho incrível ela ainda produzir e acho que tem ficado muito melhor e mais visual as pinturas dela, o desafio de fazer um “storyboard” das proprias instalações para que nada fuja daquilo q ela planejou, até mesmo a altura em que os quadros devam ser dispostos, pioneira em performance..
a Moda a abraçou e por isso alcançou tanto sucesso na mídia (e dentro do círculo artístico ela é tratada como “artista pop q todo mundo farofa gosta”), mas acho, ainda assim, que todo sucesso q ela faz ainda é pouco frente a força criativa que ela é.
Nossa, que interessante o trabalho dela. Pena que não tem aqui na minha cidade
Beijo! 🙂